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Qualidade do diesel: eis a questão
Publicado em 2 de Maio de 2007 Sem comentáriosMuito se fala de emissão de poluentes e de atitudes que os fabricantes de motores devem tomar no sentido de reduzir o nível de emissões. Mas o que poucos sabem é que, para se obter menores índices de emissões dos motores, a qualidade dos combustíveis tem uma enorme parcela de responsabilidade. Não tinha pensado nisso?
Um dos motivos dos grandes resultados do controle da qualidade do ar foi sem dúvida a implantação do Proconve ― Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores ― há aproximadamente duas décadas. No decorrer desse período foram possíveis grandes progressos no sentido de reduzir drasticamente os poluentes produzidos pelos veículos.
As estatísticas mostram que o programa conseguiu reduzir essas emissões em mais de 90% nos automóveis e em cerca de 80% nos caminhões e veículos movidos a diesel.
Mas também está claro que para se obter benefícios desse controle em termos de saúde, reduzindo o número de doenças causadas por problemas respiratórios, todos os veículos dependem muito da qualidade do combustível utilizado e não somente da tecnologia e do desenvolvimento dos motores. No caso do diesel, por exemplo, estamos muito distantes da qualidade do combustível usado na Europa. E isso é um problema? Claro, é algo que precisa mudar.
No Brasil, nesse momento, temos um diesel com 500 ppm (partículas por milhão) de enxofre para o combustível das áreas metropolitanas e de 2000 ppm nas zonas rurais. Na Europa, o diesel tem 10 ppm e 50 ppm respectivamente, ou seja, uma diferença brutal de qualidade.Deixar uma resposta