Sobrecarga, fuja desta prática

O caminhão deve ser utilizado essencialmente para o trabalho ou a capacidade de carga para o qual foi dimensionado. Exatamente por isso existem tantas configurações para esse tipo de veículo. Desde a potência dos motores, até a quantidade de eixos, dimensão da caixa de câmbio, número de rodas e pneus, capacidade de freio, embreagem e vários outros itens, tudo é pensado para atender a necessidade de cada cliente e consumidor.
Quem compra um caminhão de determinada capacidade e passa a usá-lo com sobrepeso, achando que está levando vantagem ao fazer isso, está totalmente enganado. Ele poderá ter um retorno financeiro imediato maior, porém, em um curto prazo o desgaste prematuro do seu veículo “cobrará” esses excessos na forma de um maior custo de manutenção, maior troca de peças com desgaste prematuro e, provavelmente, com um maior número de quebras.

Um caminhão de 15 toneladas deverá ser usado para transportar até esse limite de peso, assim como o de 37 toneladas não deverá passar o determinado pelo fabricante. E assim por diante. Qualquer modelo, se usado com sobrecarga, consumirá mais combustível, mais óleo lubrificante, funcionará com temperatura média acima da recomendável, enfim, terá desgaste prematuro das peças internas do motor. Um propulsor que poderia rodar, por exemplo, até 700 mil quilômetros, poderá ter sua vida útil reduzida em até 50%.
Além disso, o desgaste de freios, pneus, embreagem e uma série de outros itens provocará uma manutenção em períodos menores do que os previstos pelo manual do fabricante. Ou seja, andar com sobrecarga não traz vantagens, só prejuízos.