Autorama a diesel sim, senhor

Por essa vocês não esperavam: alguns dos primeiros carrinhos de autorama eram movidos a diesel. Ainda no século passado, nos Estados Unidos, lá pelos idos dos anos 30, algumas pessoas queriam ter nos carrinhos de brinquedo o mesmo prazer da competição que encontravam nos veículos normais.
Muitas pistas de autorama já vinham sendo construídas desde antes da Primeira Guerra Mundial, mas ainda eram passatempo para gente muito abastada. Também eram algo muito diferente dos circuitos que conhecemos nos nossos dias. Veja aqui por onde circulavam os rápidos carrinhos movidos a diesel.

No princípio eles eram movidos a elástico ou por mecanismos como os dos relógios nos quais a gente “dava corda”. Mas o grande desenvolvimento do brinquedo ocorreu a partir da introdução dos pequenos motores diesel ― ou glow plug ―, que em princípio foram criados para os aeromodelos, mas acabaram sendo adaptados para os velozes automodelos.
As primeiras corridas foram disputadas em pistas improvisadas, e os carros andavam separadamente em um círculo de concreto. Ficavam presos a um arame que era fixado a uma haste posicionada no centro da pista. Vencia, lógico, o bólido mais rápido. Bem ao contrário dos modelos de hoje (cujo som mais parece o de secador de cabelos), os carrinhos de antigo eram barulhentos, e igualmente divertidos. Mas não satisfaziam totalmente aos competidores. Faltava a alternativa de uns poderem correr contra os outros ao mesmo tempo.
A solução foi prender os carrinhos em um trilho. Os circuitos podiam ser de concreto ou, ainda, de madeira. Sobre a pista, acima da superfície, eram instalados trilhos em forma de “I” para cada um dos carros. Presos a esses trilhos, eles se mantinham na trajetória desejada.
O único, e grande, inconveniente era que os carrinhos só paravam de correr quando acabava o combustível. Não havia nenhuma outra maneira de controlá-los.
Foto: www.sjracing.com.br