Americanos espantados

Agora o mercado Americano está acordando para as vantagens da tecnologia diesel. Para isso foi preciso que a Europa fosse conquistada antes pelos veículos movidos pela tecnologia. E, depois, foi necessário o que Velho Continente enviasse uma espécie de show itinerante para mostrar naquela América o que seus engenheiros haviam descoberto. Esse ‘showzinho’ nada mais é do que a American Le Mans Series, um campeonato de protótipos e superesportivos com regulamento baseado na 24 Horas de Le Mans – a jóia da coroa das provas de longa duração.

Se Le Mans é o máximo em termos de provas no estilo endurance (resistência, em inglês e francês), os norte-americanos têm em suas terras duas provas que também merecem respeito, ambas de 24 horas: Sebring e Daytona. São corridas que, muitas vezes, servem de teste para a glória maior, Le Mans. Desde o ano passado, o público dos EUA tem assistido as vitórias de superbólidos dotados de tecnologia mais apurada do que a empregada nas corridas locais – colocando-se neste pacote a superbadalada Nascar e a IRL (Fórmula Indy). O detalhe é que estes carros são a diesel. Os principais jornais do país têm destacado estas façanhas, que são uma propaganda e tanto para a tecnologia no maior mercado do mundo, uma vez que alguns ícones da indústria norte-americana participam e são amplamente superados pelos europeus a diesel. Os fãs locais se dizem espantados. Nós, não.“Espero voltar (a escrever) aqui no ano que vem para constatar que há carros a diesel no estacionamento, ao invés de somente na pista”, registrou em uma matéria sobre a prova local Steven Cole Smith, editor do caderno de automóveis do